A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como algumas das principais doenças tropicais negligenciadas as seguintes: bouba, cisticercose, dengue, doença de Chagas, dracunculíase (doença do verme da Guiné), equinococose, esquistossomose, fasciolíase, filariose linfática, hanseníase, leishmaniose, oncocercose (cegueira dos rios), raiva, parasitoses, tracoma, tripanossomíase africana (doença do sono) e úlcera de Buruli.
Em 149 países, há 1,5 bilhão de pessoas atingidas. Embora a maior prevalência das doenças tropicais negligenciadas seja no continente africano, em termos absolutos, o Brasil tem 9 doenças da lista da OMS.
O que são doenças negligenciadas?
Segundo a OMS, as doenças negligenciadas são um conjunto de doenças associadas à situação de pobreza, a condições de vida precárias e às iniquidades em saúde.
Apesar de serem responsáveis por quase metade da carga de doença nos países em desenvolvimento, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, tradicionalmente, não priorizam esse campo.
Essas doenças são consideradas negligenciadas devido à falta de investimento na descoberta de novos medicamentos e vacinas e pela baixa eficácia dos programas de controle.

Figura 1 A origem do dinheiro para pesquisa e desenvolvimento nas doenças tropicais negligenciadas.
Um problema preocupante em relação às doenças negligenciadas é a coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana ou pela tuberculose, que favorece manifestações clínicas graves e falha terapêutica.
Com a escassez de pesquisas visando a erradicação dessas doenças, o investimento em ações preventivas e terapêuticas pode salvar vidas, prevenir deficiências, acabar com o sofrimento e melhorar a produtividade.
O Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas foi estabelecido no dia 30 de janeiro de 2020. O objetivo foi reunir apoio e ampliar esforços em um ano decisivo de ação contra doenças tropicais negligenciadas.
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Citar este artigo: Três perguntas sobre doenças tropicais negligenciadas - Medscape - 15 de setembro de 2023.
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