Resumo da Semana_Antimalárico inovador chega ao SUS. Brasil retoma produção da BCG. OMS avalia a primeira vacina do mundo contra a esquistossomose. São Paulo registra primeiro caso de Candida auris; já são 9 em Pernambuco.
Leia as principais notícias da semana no Giro da Saúde:
Medicamento inovador para malária chega ao SUS
Na terça-feira (06), o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da tafenoquina, um antimalárico inovador, ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A portaria de incorporação já foi assinada e a previsão é que seja publicada no Diário Oficial da União na terça-feira, dia 13. O medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2019 e é usado para tratar infecções por Plasmodium vivax, espécie mais comum no Brasil.
Diferentemente dos outros fármacos disponíveis no SUS, que prevêem administração por cerca de sete meses, a tafenoquina contempla apenas uma dose. O uso do medicamento representa um grande ganho no controle da doença, visto que pode diminuir significativamente a ocorrência de recaída ou reinfecção.
Brasil retoma produção da BCG
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou na segunda-feira (05) que irá retomar a produção de vacina do bacilo Calmette–Guérin (BCG).
A Fiocruz assinou um termo de manutenção e apoio à Fundação Ataulfo de Paiva (FAP), a única produtora nacional do imunizante, que estava parada há um ano, após interdição da Anvisa. Desde então, o Ministério da Saúde vinha importando a vacina através do Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
OMS avalia primeiro imunizante contra esquistossomose
Resultados preliminares da última etapa de ensaios clínicos com a vacina Schistovac (Sm14) indicam que o imunizante é seguro e eficaz contra o Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose.
A vacina foi desenvolvida no Laboratório de Esquistossomose Experimental do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) em parceria público-privada (PPP) com a empresa norte-americana Orygen Biotecnologia S.A.
O imunizante aguarda aprovação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e, se aprovado, será o primeiro no mundo. Os estudos começaram na década de 1980, a partir de um antígeno identificado nos laboratórios da Fiocruz.
A OMS estima que cerca de 200 milhões de pessoas tenham esquistossomose. Nas Américas, 95% dos casos ocorrem no Brasil.
São Paulo registra primeiro caso de Candida auris; já são 9 em Pernambuco
No dia 07, a Secretaria de Saúde de Campinas (SP) confirmou o primeiro caso de contaminação pelo fungo multirresistente Candida Auris em São Paulo. O paciente é um bebê prematuro internado no Hospital da Mulher da Unicamp (Caism), em Campinas (SP), e diagnosticado em 18 de maio.
Segundo o Caism, o paciente apresenta boa evolução clínica, apesar das condições relacionadas à prematuridade e do baixo peso ao nascer.
O hospital não foi isolado e continua a realizando partos e prestando atendimento à população. A Secretaria de Estado da Saúde informou que todas as medidas de prevenção e controle foram implementadas pelo hospital e que a Vigilância Sanitária está monitorando a investigação. Pernambuco, que atravessa um surto de C. auris, notificou nove infecções desde o início de maio.
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Citar este artigo: Giro da Saúde: os principais assuntos da semana (03 a 09 de junho) - Medscape - 9 de junho de 2023.
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