Giro da Saúde: os principais assuntos da semana (25 a 31 de março)

Equipe Medscape

31 de março de 2023

Resumo da Semana_OMS altera recomendações de imunização contra a covid-19. Diversas cidades brasileiras registram surto da síndrome mão-pé-boca em crianças. País chega a 700.000 mortes por covid-19. Brasil cai do 38º para o 49º lugar no ranking do Relatório Mundial de Felicidade 2023 da ONU.

Leia a seguir as principais notícias da Saúde de 25 a 31 de março:


OMS altera recomendações de imunização contra a covid-19

Considerando a atual situação epidemiológica da covid-19 no mundo, com a maior parte da população mundial vacinada contra o SARS-CoV-2 ou com história de infecção pelo vírus, o grupo de consultoria estratégica composto de especialistas em imunização da Organização Mundial da Saúde atualizou suas recomendações para a imunização populacional.

Na avaliação do grupo, ou Strategic Advisory Group of Experts on Immunization (SAGE), não são necessárias doses adicionais de imunizantes (além do esquema inicial e da primeira dose de reforço) para grupos com baixo risco de evoluir com doença grave, como, por exemplo, adultos saudáveis. A vacinação contra a covid-19 é segura e eficaz para todos os grupos, reforçaram os especialistas, ponderando que, no atual estágio da pandemia de covid-19, os governos podem adotar medidas com melhor custo-benefício para a proteção da saúde global de suas populações.

“Os países devem considerar seu contexto específico ao decidir se devem continuar vacinando grupos de baixo risco, como crianças e adolescentes saudáveis, sem comprometer as vacinas de rotina, que são tão cruciais para a saúde e o bem-estar dessa faixa etária”, afirmou Dra. Hanna Nohynek, presidente do SAGE, durante uma entrevista coletiva na qual o SAGE divulgou as suas conclusões. Leia mais.


Surtos de síndrome mão-pé-boca notificados em várias partes do país

Campinas (SP), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), São José dos Campos (SP), São Luiz Gonzaga (RS), entre outras cidades, notificaram focos de surtos recentes da síndrome mão-pé-boca em crianças.

Apesar de benigna e autolimitada, a infecção viral causa febre e lesões cutâneas que podem ser motivo de transtorno para as crianças e seus familiares. O surto levou algumas Secretarias de Saúde a fecharem escolas e creches municipais para controlar a disseminação da doença, como foi o caso de Valparaíso, em São Paulo.


700.000 mortes por covid-19

O Brasil alcançou, na terça-feira, dia 28 de março, a marca de 700.000 mortes por covid-19 desde o primeiro óbito, há três anos. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde. Em 12 de março de 2020, foi notificada em São Paulo a primeira morte pela doença no país, de um paciente de 57. Em cinco meses, o Brasil chegou a 100.000 mortos pela doença, atrás apenas dos Estados Unidos. A desconformidade de políticas de contenção da pandemia, a rotatividade de ministros da Saúde durante a pandemia e a lentidão em iniciar a vacinação estão entre os fatores que levaram a tantas mortes.


ONU divulga Relatório Mundial de Felicidade 2023 ─ e Brasil cai 11 posições

Brasil cai do 38º para o 49º lugar no ranking do Relatório Mundial de Felicidade 2023 da Organização das Nações Unidas.

Segundo o relatório, os três países mais felizes do mundo são Finlândia, Dinamarca e Islândia. Nenhum país latino-americano foi incluído entre os 20 mais felizes.

Esta é a primeira edição a mensurar o impacto de três anos de mortes e adversidades associadas à pandemia de covid-19. “O relatório deste ano apresenta muitos insights interessantes, mas considero um particularmente interessante e animador: pelo segundo ano, vemos que várias formas de gentileza cotidiana, como ajudar um estranho, doar para caridade e voluntariar, estão acima dos níveis pré-pandêmicos. Demonstrou-se que atos de bondade resultam em uma felicidade maior”, descreve o documento.

Também é a primeira edição a avaliar a felicidade na Ucrânia desde que foi invadida pela Rússia, em fevereiro de 2022. Segundo os pesquisadores, surpreende que o bem-estar na Ucrânia tenha caído menos do que em 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia. Para eles, isso se deve em parte ao aumento extraordinário do sentimento de companheirismo em toda a Ucrânia, conforme coletado em dados sobre ajuda a estranhos e doações. “A invasão russa transformou a Ucrânia em uma nação”, afirmam os autores.

 

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