Osteoporose em homens está sendo mais diagnosticada, mas segue pouco tratada

Miriam E. Tucker

28 de março de 2023

Principais conclusões

  • A prevalência de osteoporose entre os homens dinamarqueses aumentou mais de 80% entre 1996 e 2018.

  • Pacientes do sexo masculino com osteoporose tiveram mais comorbidades e utilizaram mais medicamentos do que aqueles sem osteoporose da mesma idade.

  • Entre os homens, a osteoporose ainda pode ser subtratada, apesar do aumento da porcentagem de indivíduos do sexo masculino que iniciam o tratamento.

Relevância

  • A osteoporose é uma das principais causas de fraturas após os 50 anos de idade, tanto em mulheres quanto em homens.

  • Na Dinamarca, de 1980 a 2014 a incidência de fratura de quadril caiu entre as mulheres, mas não entre os homens.

  • Os homens têm menos probabilidade do que as mulheres de receber tratamento para osteoporose para prevenção de fraturas primárias e secundárias, apesar de o índice de mortes pós-fratura ser maior entre indivíduos do sexo masculino.

  • A maioria dos estudos sobre osteoporose é realizada em mulheres, e a osteoporose entre os homens permanece pouco diagnosticada.

Desenho do estudo

  • Estudo de coorte realizado a partir de um registro nacional e avaliou 171.186 homens dinamarqueses ≥ 50 anos de idade diagnosticados com osteoporose de 1996 a 2018.

  • Financiamento: Aarhus Universitet, na Dinamarca.

Principais resultados

  • A incidência global de osteoporose padronizada por idade foi de 8,6/1.000 pessoas-ano, variando ligeiramente entre 7,7 e 9,7/1.000 pessoas-ano durante o período do estudo.

  • A prevalência padronizada por idade aumentou de 4,3% para 7,1% em 2018.

  • Em 2018, a prevalência de osteoporose foi de 2,1% entre homens de 50 a 59 anos e 21,8% entre homens ≥ 80 anos.

  • O risco remanescente de osteoporose após os 50 anos de idade foi de 29,5% (com o óbito sendo um risco competitivo).

  • A incidência cumulativa de início de uso de medicação para tratamento da osteoporose em até um ano após o diagnóstico aumentou de 6,9% em 1996 para 29,8% em 2017.

  • Homens com osteoporose tinham mais comorbidades do que aqueles sem a patologia, entre elas doença pulmonar obstrutiva crônica (14,3% versus 8,6%), câncer (14,2% vs. 13,5%), diabetes (9,5% vs. 8,0%) e insuficiência cardíaca congestiva (8,4% vs. 7,2%).

  • Comparados a indivíduos sem a doença, homens com osteoporose usaram com mais frequência anti-inflamatórios não esteroidais (27,5% vs. 19,7%), opioides (25,1% vs. 13,2%), anti-hipertensivos (23,1% vs. 12,8%), estatinas (20,5% vs. 13,2%), corticosteroides (16,7% vs. 6,6%) e antidepressivos e antipsicóticos (21,0% vs. 13,6%).

Limitações

  • Potencial erro de classificação no registro.

  • Possível erro de truncamento residual, uma vez que nenhum diagnóstico ambulatorial ou dados de tratamento estavam disponíveis antes de 1995.

Este conteúdo foi originalmente publicado na Univadis ─ Medscape Professional Network

Fonte: Osteoporosis International

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