Principais conclusões
A prevalência de osteoporose entre os homens dinamarqueses aumentou mais de 80% entre 1996 e 2018.
Pacientes do sexo masculino com osteoporose tiveram mais comorbidades e utilizaram mais medicamentos do que aqueles sem osteoporose da mesma idade.
Entre os homens, a osteoporose ainda pode ser subtratada, apesar do aumento da porcentagem de indivíduos do sexo masculino que iniciam o tratamento.
Relevância
A osteoporose é uma das principais causas de fraturas após os 50 anos de idade, tanto em mulheres quanto em homens.
Na Dinamarca, de 1980 a 2014 a incidência de fratura de quadril caiu entre as mulheres, mas não entre os homens.
Os homens têm menos probabilidade do que as mulheres de receber tratamento para osteoporose para prevenção de fraturas primárias e secundárias, apesar de o índice de mortes pós-fratura ser maior entre indivíduos do sexo masculino.
A maioria dos estudos sobre osteoporose é realizada em mulheres, e a osteoporose entre os homens permanece pouco diagnosticada.
Desenho do estudo
Estudo de coorte realizado a partir de um registro nacional e avaliou 171.186 homens dinamarqueses ≥ 50 anos de idade diagnosticados com osteoporose de 1996 a 2018.
Financiamento: Aarhus Universitet, na Dinamarca.
Principais resultados
A incidência global de osteoporose padronizada por idade foi de 8,6/1.000 pessoas-ano, variando ligeiramente entre 7,7 e 9,7/1.000 pessoas-ano durante o período do estudo.
A prevalência padronizada por idade aumentou de 4,3% para 7,1% em 2018.
Em 2018, a prevalência de osteoporose foi de 2,1% entre homens de 50 a 59 anos e 21,8% entre homens ≥ 80 anos.
O risco remanescente de osteoporose após os 50 anos de idade foi de 29,5% (com o óbito sendo um risco competitivo).
A incidência cumulativa de início de uso de medicação para tratamento da osteoporose em até um ano após o diagnóstico aumentou de 6,9% em 1996 para 29,8% em 2017.
Homens com osteoporose tinham mais comorbidades do que aqueles sem a patologia, entre elas doença pulmonar obstrutiva crônica (14,3% versus 8,6%), câncer (14,2% vs. 13,5%), diabetes (9,5% vs. 8,0%) e insuficiência cardíaca congestiva (8,4% vs. 7,2%).
Comparados a indivíduos sem a doença, homens com osteoporose usaram com mais frequência anti-inflamatórios não esteroidais (27,5% vs. 19,7%), opioides (25,1% vs. 13,2%), anti-hipertensivos (23,1% vs. 12,8%), estatinas (20,5% vs. 13,2%), corticosteroides (16,7% vs. 6,6%) e antidepressivos e antipsicóticos (21,0% vs. 13,6%).
Limitações
Potencial erro de classificação no registro.
Possível erro de truncamento residual, uma vez que nenhum diagnóstico ambulatorial ou dados de tratamento estavam disponíveis antes de 1995.
Este conteúdo foi originalmente publicado na Univadis ─ Medscape Professional Network
Fonte: Osteoporosis International
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Créditos: Imagem principal: Dreamstime
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Citar este artigo: Osteoporose em homens está sendo mais diagnosticada, mas segue pouco tratada - Medscape - 28 de março de 2023.
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