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Na quinta-feira (26) o Brasil notificou mais 86 óbitos por covid-19. No dia 25, foram 92. No dia 22, 135. A média móvel dessas mortes em sete dias foi 83. A variação em 14 dias é de +14%, com tendência de estabilidade nos dados.
Na mesma data, foram 13.782 casos conhecidos confirmados em 24 horas, com média móvel em sete dias de 11.663. A variação foi de - 40% em 14 dias, indicando tendência de queda.
Desde o início da pandemia, a covid-19 tirou 696.731 vidas no Brasil. Os casos conhecidos somam 36.794.650. Os dados são das secretarias estaduais de saúde do país, obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa formado por g1, UOL, O Globo, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e EXTRA.
Embora tenha deixado de ocupar as manchetes e não esteja no centro do debate público neste momento, a covid-19 continua presente. Ainda que não estejamos vendo picos alarmantes de internações e mortes, os dados mostram que o número diário de óbitos pela doença no país segue alto e inaceitável. As principais vítimas continuam sendo os grupos mais vulneráveis, como idosos e imunocomprometidos.
A tragédia humanitária dos Yanomami
O governo parou de se omitir sobre a crise sanitária que assola os Yanomami em Roraima. Fotos, dados e relatos obtidos com exclusividade pela agência de jornalismo Sumaúma e publicados no dia 20 revelaram que ao menos 570 crianças indígenas com menos de cinco anos morreram por causas evitáveis nos últimos quatro anos.
Foram os próprios indígenas, contrariando seus costumes, que pediram a divulgação das imagens estarrecedoras da sua população atingida por desnutrição grave, malária, verminoses, intoxicações por mercúrio e outras doenças.
Devido ao “apagão estatístico” do Ministério da Saúde e à falta de assistência médica, as dimensões do problema ainda são desconhecidas. Em reação às denúncias que chocaram o mundo, o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância nacional. Foram enviadas forças-tarefa do SUS e criado um centro de operações com sede na Fiocruz/Rio para coordenar a resposta à crise humanitária. Mais de mil indígenas foram resgatados em estado grave. O presidente Lula da Silva visitou a região no dia 21. A Polícia Federal abriu inquérito no dia 25 para apurar se houve crimes de genocídio e omissão de socorro na assistência do governo federal aos Yanomami.
Infogripe indica queda nas internações por VSR
Divulgado no dia 26, o novo Boletim InfoGripe Fiocruz (Semana Epidemiológica 3, período de 15 a 21 de janeiro) indica a interrupção de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) no país. A exceção é o Distrito Federal (DF), que ainda não apresenta reversão para queda. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 3, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 23 de janeiro.
“O crescimento foi interrompido, mas ainda há um volume de internações semanais relativamente constante”, explica Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Nas crianças de 0 a 4 anos, o VSR também mantém presença expressiva no Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e nos três estados da região Sul. Entretanto, diferentemente do que se observa no DF, nessas unidades federativas já há queda nas semanas recentes.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 0,9% para influenza A; 0,7% para influenza B; 18,8% para VSR; e 71,3% para SARS-CoV-2. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,1% para influenza A; 0,0% para influenza B; 1,5% para vírus sincicial respiratório; e 94,7% para SARS-CoV-2.
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Citar este artigo: Covid-19 e saúde: Resumo da semana (21 a 27 de janeiro) - Medscape - 27 de janeiro de 2023.