Semana das vacinas
Até 05 de janeiro de 2023, 172.642.999 brasileiros haviam recebido o esquema vacinal primário completo contra a covid-19 (80,36% da população > 12 anos). O grupo parcialmente imunizado (com uma dose) corresponde a 182.564.577 (84,98% da população). A dose de reforço foi administrada em 107.603.990 pessoas (50,09% da população).
O total de crianças de 3 a 11 anos totalmente imunizadas é de 10.417.300 (39,42% da população nessa faixa etária). O número de crianças de 3 a 11 anos que tomaram a primeira dose era de 14.997.849 (56,76% da população nessa faixa etária – dados do consórcio de veículos de imprensa).
Ministério da Saúde recomenda dose de reforço para crianças a partir de 5 anos de idade
Em nota técnica divulgada no dia 04 de janeiro, [2] o Ministério da Saúde liberou a aplicação de dose de reforço da vacina contra a covid-19 da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos de idade. O reforço vacinal deve ser administrado com um intervalo de quatro meses após a segunda dose.
A nota esclarece que o reforço vacinal com o imunizante da Pfizer deve ser administrado tanto em crianças que inicialmente receberam a vacina CoronaVac como nas imunizadas com a vacina da Pfizer.
O Ministério da Saúde aponta diversos ensaios clínicos sobre o aumento da imunogenicidade com a dose de reforço. A recomendação foi realizada dois dias após a posse da nova ministra da Saúde, a Dra. Nísia Trindade, que disse que sua gestão será “pautada pela ciência.”
O imunizante para essa faixa etária foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em dezembro de 2022.
Proteção contra covid-19 prolongada só é conferida após quatro doses vacinais, diz estudo em pré-impressão
Segundo um estudo brasileiro em pré-impressão (que não foi revisado por pares), [3] pessoas que tomaram três doses estão protegidas contra o agravamento da doença aguda e morte, mas não contra a forma prolongada da doença, caracterizada pela persistência de um ou mais sintomas a partir de quatro semanas após a resolução do quadro agudo. A conclusão é de pesquisadores do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) e do Hospital Israelita Albert Einstein.
Os pesquisadores compararam dados dos profissionais de saúde e outros funcionários do hospital infectados que tiveram covid-19 prolongada antes de serem vacinados com os dados dos que relataram sintomas após a primeira, segunda, terceira e quarta doses da vacina. A quarta dose reduziu em 95% as chances de covid-19 prolongada em relação ao grupo não vacinado. Não foi observada redução significativa de risco de covid-19 prolongada no grupo de vacinados com uma, duas ou três doses.
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Citar este artigo: Covid-19 e saúde: Resumo da semana (31 dezembro a 06 de janeiro) - Medscape - 6 de janeiro de 2023.