COMENTÁRIO

Suporte tecnológico e estruturação de dados para análise de risco e coordenação do cuidado

Equipe Prontmed

15 de dezembro de 2022

Colaboração Editorial

Medscape &

Aumentar a satisfação e conquistar a fidelidade dos pacientes, e ainda reduzir os custos institucionais é o desejo de 10 entre 10 gestores de saúde.

Há muitas formas de alcançar esses resultados.

Destacamos a seguir dois aliados dos mais importantes nessa busca: a coordenação do cuidado e a análise de risco. Com suporte tecnológico e dados estruturados, a tarefa fica um pouco mais simples.

O que é coordenação do cuidado?

É uma forma de acompanhar a jornada do paciente e de orientá-lo na busca por uma saúde melhor. [1] Envolve atenção individualizada, com abordagem padronizada em cada ponto do atendimento médico — desde nas unidades básicas de saúde, passando por consultórios médicos, laboratórios, clínicas e hospitais. Ou seja: o paciente certo nos lugares e momentos certos.

Ao acompanhar a jornada do paciente ao longo do tempo, é possível entender melhor o perfil desse pacientes, bem como as suas especificidades de cuidados e como prevenir problemas.

Além disso, fica mais fácil e seguro orientá-los em relação aos exames que realmente precisam ser feitos e àqueles que podem ser evitados, o que ajuda a reduzir os custos da instituição e a direcionar os investimentos para áreas que realmente precisam.

Análise de risco como parte da coordenação do cuidado

Ao lado da coordenação do cuidado, a análise de risco é mais uma estratégia que, se colocada em prática, pode contribuir para um atendimento mais personalizado, inteligente e baseado em fatos. [2]

Por meio da análise, avaliação e priorização de riscos, é possível estabelecer critérios e desenvolver estratégias para oferecer o melhor atendimento tanto a grupos específicos quanto à população como um todo.

Na prática, a análise de risco pode se tornar parte da estratégia de coordenação do cuidado e também uma forma de avaliar desfechos clínicos. Com um viés mais preventivo, além das necessidades individuais do paciente, nessa etapa é importante haver uma uma compreensão geral da população e das características epidemiológicas de cada grupo atendido.

O combate a desperdícios também é fundamental para que a análise de riscos e a coordenação do cuidado sejam estratégias sustentáveis ao longo do tempo.

O papel da tecnologia e dos dados nessa estratégia

Para de fato conhecer o paciente, seu histórico, suas necessidades de saúde atuais e potenciais riscos, é fundamental contar com uma base de dados sólida e confiável. Para isso, o ponto de partida é a realização de uma boa anamnese. E a forma como os dados são coletados no encontro entre paciente e profissional de saúde é decisiva.

Contar com um sistema de prontuário eletrônico, no qual o profissional possa registrar os dados de forma estruturada, é essencial para uma coordenação do cuidado eficiente e uma análise de riscos precisa. [3]

Por meio do registro de dados de forma estruturada no software médico e da análise dessas informações de forma inteligente — com gráficos comparativos, dashboards para grupos específicos, escalas de saúde para cada especialidade médica, linha do tempo do paciente e terminologias que permitam a interoperabilidade com outros sistemas —, torna-se viável desenvolver uma estratégia eficaz. [4,5,6]

Sabemos que os desafios de colocar em prática estratégias focadas em coordenação do cuidado e análise de risco ainda são grandes. Mas cada vez mais a tecnologia e os dados surgem como aliados da saúde na busca por qualificar o atendimento à população e a gestão das instituições.

Dar o primeiro passo nessa direção é fundamental para que o caminho seja mais simples e a chegada ao destino repleta de conquistas tanto para pacientes quanto para profissionais e gestores de saúde.

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