Covid-19 e saúde: Resumo da semana (3 a 9 de dezembro)

Equipe Medscape Professional Network

9 de dezembro de 2022

Neste artigo

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BCG alcança meta, outras não

No dia 07, a Fiocruz divulgou que a vacina BCG foi o único imunizante do calendário infantil que atingiu a meta de cobertura em 2022. As vacinas mais distantes da meta são as que protegem contra sarampo, caxumba, rubéola e hepatite A.

Estudo liga alterações moleculares a covid-19 prolongada

Pesquisadores da Icahn School of Medicine at Mount Sinai em Israel publicaram na revista científica Nature Medicina , em 08 de dezembro, um dos primeiros estudos a associar alterações na expressão gênica identificadas no sangue durante a covid-19 com as sequelas pós-agudas da infecção por SARS-CoV-2, também conhecida como “covid-19 longa” ou “covid-19 prolongada”, mais de um ano após a hospitalização por covid-19 grave.

Usando o Mount Sinai COVID-19 Biobank, os pesquisadores examinaram dados de expressão gênica em amostras sanguíneas de mais de 500 pacientes hospitalizados com covid-19 entre abril e junho de 2020. Entre outras descobertas, o estudo identificou dois subconjuntos molecularmente distintos de sintomas de covid-19 prolongada, com padrões de expressão gênica opostos durante a covid-19 aguda em células plasmáticas.

Em pacientes que desenvolveram problemas pulmonares, os genes de produção de anticorpos foram menos abundantes. No entanto, para pacientes com outros sintomas, como perda de olfato ou paladar e distúrbios do sono, os mesmos genes de produção de anticorpos foram mais abundantes. Esses padrões opostos observados nas mesmas células, bem como padrões únicos adicionais observados em outros tipos de células, apontam para a existência de múltiplos processos independentes, que levam a diferentes sintomas de covid-19 prolongada. “Nossas descobertas mostram que os processos moleculares que levam à covid-19 prolongada podem ser detectáveis ​​durante a infecção por covid-19”, disse o coautor Noam D. Beckmann, PhD.

Estudo indica que ausência de prevenção contra a covid-19 causou mortes evitáveis na população indígena brasileira

Publicado na revista The Lancet Regional Health, um estudo feito por pesquisadoras da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein e da Universidade de São Paulo aponta que a ausência de uma estratégia coordenada para reforçar a importância da vacina e outros métodos de prevenção, para garantir o acesso a informações confiáveis ​​e para responder com os recursos necessários em situações extremas, resultou em menor cobertura vacinal contra a covid-19, maiores taxas de incidência e mortes evitáveis ​​por covid-19 entre os povos indígenas no Brasil.

A partir de dados do Ministério da Saúde de março de 2020 a dezembro de 2021, as pesquisadoras analisaram a incidência e a mortalidade por covid-19, e a cobertura vacinal entre os povos indígenas do Brasil, em comparação com outros grupos priorizados na estratégia de vacinação e com a população geral. O artigo destaca que, dentre os grupos prioritários, os povos indígenas tiveram menor cobertura vacinal quando comparados com pessoas idosas (exceto > 90 anos).

 

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