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Na quinta-feira, 1º de dezembro, o país registrou 145 novas mortes por covid-19 em 24 horas. Com isso, a média móvel em sete dias foi de 86, com variação de 133% em comparação com os últimos sete dias. Foi o 11º dia seguido em que a tendência de alta se manteve.
Na mesma data, foram 31.767 novos diagnósticos em 24 horas. A média móvel de novos casos conhecidos em sete dias foi de 27.056, com variação de 110% em relação a duas semanas anteriores. Trata-se da maior média desde 7 de agosto.
Desde o início da pandemia, a covid-19 causou 689.853 mortes em todo o país. Os casos conhecidos somam 35.304.715. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa formado por g1, UOL, O Globo, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e EXTRA, obtidos junto às secretarias estaduais de saúde.
De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no dia 30, o crescimento na taxa das mortes por covid-19 no Brasil foi de 113% em comparação com a semana anterior. Com isso, o país passa a ocupar a terceira posição entre as cinco nações mais afetadas pelo SARS-CoV2 no mundo. Na rede social Twitter, o presidente eleito fez um apelo: “Quase 70 milhões ainda não tomaram a dose de reforço. Podemos perder vacinas em 2023 por falta de campanhas de incentivo do atual governo. Peço que se vacinem e atualizem o calendário de vacinas das crianças. Vamos proteger quem amamos”, escreveu.
SRAG por covid-19 continua crescendo no Brasil, diz InfoGripe
O último Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado em 29 de novembro, mantém o alerta para o crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 em 20 das 27 unidades da federação. O número de casos aumenta especialmente na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos. Outro ponto que chama a atenção é a retomada do crescimento dos casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas nos três estados da Região Sul. Em São Paulo, o VSR mantém presença expressiva nas crianças de 0 a 4 anos.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,4% para influenza A; 0,1% para influenza B; 12,1% para VSR; e 71,3% para SARS-CoV-2 (covid). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,9% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,4% para VSR; e 95,4% para SARS-CoV-2.
Positividade atinge pico de 41%
Após registrar crescimento por cinco semanas, a positividade de testes para SARS-CoV-2 atingiu pico de 41% na semana encerrada em 19 de novembro e passou a cair. Na semana finalizada em 26 de novembro, o percentual de testes positivos foi de 33%, um sinal de que a terceira onda da Ômicron deve ser menos aguda do que as anteriores. As análises são do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com base em 493.140 testes realizados pelos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular e HLAGyn, de 1º de fevereiro a 26 de novembro.
De acordo com os analistas do ITpS, as ondas têm características diferentes. A primeira da Ômicron, iniciada em dezembro de 2022, teve dois meses e meio de duração e o pico se manteve por duas semanas. A segunda, a partir de abril, foi a mais longa: durou quatro meses e meio e teve uma semana de pico. Já a terceira onda, que começou em outubro, tem até agora um mês e meio, e pico também de uma semana.
Apesar do sinal de queda, a taxa de positividade de 33% é elevada e indica alto contágio do vírus SARS-CoV-2. A recomendação é que a população esteja com a vacinação em dia (três, quatro ou cinco doses, dependendo da idade e da condição de saúde), use máscara especialmente em locais fechados e com pouca ventilação, higienize as mãos e faça o teste sempre que houver suspeita de contágio.
Na última semana avaliada, a taxa foi de 11% em crianças de 0 a 4 anos e de 5 a 9 anos. Depois, subiu para 23% na faixa 10 a 19 anos. Os percentuais mais elevados foram observados em pessoas de 50 a 59 anos e acima de 80 (47%), de 70 a 79 anos (46%) e de 60 a 69 anos (45%).
Segundo o ITpS, é importante lembrar que o Brasil, por ser um país imenso, tem diferentes dinâmicas da pandemia dentro de seu território. Entre os Estados com quantidades de amostras suficientes para análise, os pesquisadores viram que a positividade está em queda em São Paulo (40% para 35%) e no Rio de Janeiro (45% para 36%), apresentou oscilação em Minas Gerais (28% para 29%) e continua crescendo em Goiás (27% para 34%).
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Citar este artigo: Covid-19 e saúde: Resumo da semana (26 de novembro a 2 de dezembro) - Medscape - 2 de dezembro de 2022.