Há relação causal entre o excesso de gordura corporal e o aumento do risco de câncer em vários locais, de acordo com um estudo publicado recentemente no periódico Metabolism.
O acúmulo de gordura central leva à diminuição dos níveis de adiponectina e alterações subsequentes na via de sinalização de insulina e dos níveis de hormônios sexuais, tanto em homens quanto em mulheres.
Um grande corpo de evidências provenientes de estudos de ressonância magnética apoia a associação entre o acúmulo de gordura corporal e o aumento do risco de vários tipos de câncer, com as evidências mais consistentes para tumores do sistema digestivo, incluindo esôfago, fígado, estômago, colorretal, vesícula biliar, rim, pâncreas, endométrio e ovário.
Em um estudo de coorte com 437.393 pacientes registrados no UK Biobank, a maior adiposidade, independentemente do marcador de adiposidade, foi associada a aumento da incidência de câncer de estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, colorretal, rim, corpo uterino e mama (em mulheres na pós-menopausa).
Com o aumento da prevalência da obesidade no mundo, a proporção de casos de câncer causados pela obesidade deve aumentar substancialmente, e isso é um alerta para os médicos de todas as especialidades, bem como para todos os demais profissionais da saúde.
Portanto existe uma necessidade urgente de identificar maneiras eficientes para abordar estes pacientes e melhorar os padrões de dieta e atividade física, reduzindo os efeitos negativos do excesso de adiposidade e das doenças associadas, como o câncer.
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Citar este artigo: Aumento da gordura corporal e de risco de câncer - Medscape - 18 de outubro de 2022.
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