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A média móvel de casos de covid-19 no Brasil mantém sua tendência de queda, mas ainda é elevada. Na quinta-feira (4), foi de 29.885, com variação foi de -33% em relação a 14 dias. Na mesma data, o país teve 34.240 novos casos.
Quanto às mortes, foram 258 óbitos por covid-19 no dia 4, com média móvel de 207 nos últimos 7 dias. Em comparação aos 14 dias anteriores, a variação foi de -14%.
No total, o país alcançou 679.594 óbitos e 33.961.568 casos notificados de covid-19 desde o início da pandemia. Lamentavelmente, o mês de julho chegou ao fim com um total de 7.097 vidas perdidas por covid-19 em 31 dias em todo o Brasil. Foi o maior número de óbitos pela doença nos últimos quatro meses pela doença. Foram 4.336 em junho, 3.179 em maio e 3.740 em abril. Evidentemente são números menores do que no auge da pandemia, em abril do ano passado, mas nem por isso admissíveis.
As análises são do consórcio de veículos de criado para monitorar a pandemia com dados obtidos das secretarias estaduais de saúde. Fazem parte da iniciativa g1, O Globo, Extra, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e UOL.
Positividade passou de 37,8% para 18% ao longo de julho, indica ITpS
A análise foi feita com base em 279.216 testes feitos pelos laboratórios Dasa, DB Molecular e HLAGyn entre 1º de março e 30 de julho (a maior parte no Sudeste).
Em junho, a identificação das duas sublinhagens BA.4 e BA.5 nas amostras positivas para SARS-CoV-2 passou de 10,4% para 44%, ao mesmo tempo em que a positividade dos testes subia. Em julho, com a ampliação da BA.4 e BA.5, a tendência de alta de testes positivos se inverteu e a curva passou a cair. Nas duas últimas semanas, o percentual passou de 29% para 18%.
Atualmente, BA.4 ou BA.5 são encontradas em 98,8% das amostras; BA.2 e outras variantes estão no restante (1,2%). Em breve, a BA.2 não será mais detectável.
A queda da positividade para SARS-CoV-2 em julho foi observada em todos os estados analisados: em São Paulo passou de 41% para 19%; no Rio de Janeiro, de 40% para 15%; em Minas Gerais, de 33% para 14%; no Mato Grosso, de 40% para 21%; e Goiás, de 33% para 16%. Em relação à faixa etária também houve queda em todos os grupos em julho, com destaque para mais de 80 anos (de 47% para 23%) e 20 a 29 anos (de 34% para 14%).
Região Norte ainda apresenta sinal de alta de SRAG, aponta InfoGripe
Divulgado na quarta-feira (3), o novo Boletim InfoGripe Fiocruz aponta que apenas na região Norte ainda há sinal majoritário de alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nas demais regiões, somente Mato Grosso, Maranhão e Piauí ainda apresentam sinal claro de manutenção de crescimento. Em Sergipe, observa-se crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), porém o comportamento da curva é compatível com uma oscilação após interrupção do crescimento. Os dados são referentes à Semana Epidemiológica (SE) 30, período de 24 a 30 de julho, com base em dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 1° de agosto.
A maioria dos estados do Sudeste, Centro-oeste e Sul aponta para manutenção de queda e, no Nordeste, existe um sinal predominante de interrupção do crescimento, com alguns estados já iniciando queda.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,9% para influenza A; 0,1% para influenza B; 5,6% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 79,1% para SARS-CoV-2.
Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de 0,9% para influenza A; 0,1% para influenza B; 0,1% para VSR; e 95,7% para SARS-CoV-2. Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária seguem apontando o amplo predomínio de covid-19, especialmente na população adulta. Nas crianças de 0 a 4 anos, o volume de casos associados ao SARS-CoV-2 se manteve acima daquele observado para o VSR nas últimas quatro semanas.
Atualização sobre a varíola símia
Na quinta-feira (4), os Estados Unidos declararam a varíola símia (monkeypox) uma emergência em saúde pública. Na data, o país registrou 6.600 casos desde a confirmação do primeiro paciente, em maio. Também desde maio os Estados Unidos já entregaram mais de 600 mil doses de vacina contra a doença.
No Brasil, o estado de São Paulo registra o maior número de infecções (cerca de 1.300 casos). Uma das medidas anunciadas pelo governo paulista para enfrentar o surto é a criação de uma rede estadual de hospitais para atendimento de pacientes mais graves e uma rede de laboratórios privados liderada pelo Instituto Adolfo Lutz para vigilância epidemiológica e genômica do vírus monkeypox.
Sobre as vacinas, o Brasil só terá imunizantes disponíveis no momento para 25 mil pessoas (duas doses para cada uma). Para São Paulo, estão previstas 11 mil doses para 5.500 pessoas.
E mais: Segundo anunciou o ministro da Saúde brasileiro no Twitter, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), doou 50 doses do medicamento antiviral tecovirimat ao Brasil para serem usadas em pacientes graves. A previsão é de que os medicamentos sejam entregues na semana que vem. Como não tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o remédio ainda não poderá ser comercializado. Porém, com a nova classificação da doença como emergência de saúde pública pela OMS, o remédio poderá ser utilizado por pacientes em estado grave, mesmo sem aprovação da Anvisa. Com informações da newsletter do Canal Meio. No site Outra Saúde, um balanço mundial sobre a varíola símia.
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Citar este artigo: Covid-19: Resumo da semana (30 de julho a 5 de agosto) - Medscape - 5 de agosto de 2022.