Clube de Revistas de pediatria: junho de 2022

 Dr. Fernando Lyra

Notificação

21 de junho de 2022

Neste artigo

2. Concentração de material particulado em serviços de emergência pediátrica

Desde o início da pandemia de covid-19, a avaliação de partículas no ar tem recebido grande destaque, sendo considerada como um importante marcador da qualidade atmosférica em ambientes internos e externos.

As partículas de 2,5 µm são inaláveis e podem atingir as vias respiratórias de pequeno calibre com subsequente deposição alveolar. São associadas a doenças respiratórias, cardiovasculares e metabólicas.

Os autores explicam, na introdução do artigo, que alguns estudos demonstram que as concentrações médias de material particulado de 2,5 µm (PM2,5) sejam maiores dentro do que fora de casa, e que a poluição seja levada para os ambientes internos pelo vento e por produtos trazidos em calçados, roupas e utensílios.

Os autores tiveram como objetivo avaliar a qualidade do ar na sala de espera de um serviço de emergência pediátrica, a fim de determinar se o número de pessoas presentes no ambiente influenciaria as concentrações de material particulado. Eles usaram avaliações seriadas das concentrações ambientais de PM2,5.

O estudo foi realizado na sala de espera de um hospital pediátrico na cidade de Porto Alegre ao longo de um ano, com um período de amostragem de duração de uma semana, nas quatro estações do ano, sendo o monitoramento do PM2,5 realizado por meio de um monitor de aerossol em tempo real.

Os autores encontraram concentrações elevadas de PM2,5 nas quatro estações do ano, sendo o aumento mais significativo no outono.

O verão foi a estação com a menor circulação de pessoas na sala (média de 15 ± 5,5 pessoas por hora) e o outono foi a estação com a maior circulação (média de 33,9 ± 3,9 pessoas por hora).

A maior circulação de pessoas foi correlacionada com maiores concentrações de poluentes. A associação foi significativa independentemente da temperatura, umidade e precipitação pluviométrica.

Para lembrar :
  • A qualidade do ar no interior dos ambientes depende do fluxo e do número de pessoas presentes, bem como da qualidade do sistema de ventilação.

  • O adequado dimensionamento do número de pessoas na área destinada à espera em unidades de atendimento à saúde evita prejuízos relacionados à superlotação, melhorando a qualidade assistencial.

  • Recomendo a leitura do artigo na íntegra.

Referência:
Cabral, C. Z., Fleck, A. D. S., Amantéa, F. C., Rhoden, C. R., & Amantéa, S. L. (2021). Indoor concentrations of particulate matter 2.5 in a pediatric emergency service. Revista Paulista de Pediatria, 40.

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