Covid-19: Resumo da semana (4 a 10 de junho)

Equipe Medscape Professional Network

10 de junho de 2022

Neste artigo

Nota da editora: Veja as últimas notícias e orientações sobre a covid-19 em nosso Centro de Informações sobre o novo coronavírus SARS-CoV-2 .

O número de casos de covid-19 segue em alta no país. No dia 9 de junho de 2022, em 24 horas, houve 45.644 novos diagnósticos. Com isso, a média móvel nos últimos sete dias chegou a 37.191, variação de +65% em relação a duas semanas atrás. Houve 148 óbitos por covid-19 em 24 horas, com média móvel de mortes em sete dias de 124. Em comparação à média de 14 dias anteriores, a variação foi de 13%.

Desde o início da pandemia, o país teve 667.849 óbitos e 31.360.157 casos notificados de covid-19, segundo dados das secretarias estaduais de saúde, reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa criado para monitorar a pandemia. Fazem parte da iniciativa g1, O Globo, Extra, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e UOL.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na quarta-feira (8), o Brasil registrou o quarto maior número de casos de covid no mundo na semana de 30 de maio a 5 de junho, com um crescimento de 36% em relação à semana anterior. À nossa frente estão apenas Estados Unidos, China e Austrália. O país também apareceu entre os cinco países que tiveram mais óbitos: 652, precedido apenas por Estados Unidos e China. Depois vieram Rússia e Itália.

O número de casos registrados no Brasil corresponde a 7,15% dos mais de 3 milhões registrados em todo o mundo no período.

Fiocruz: covid representa 69% dos casos de SRAG

De acordo com o Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na quinta-feira (9), os casos de covid-19 agora correspondem a 69% das ocorrências de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nas últimas quatro semanas epidemiológicas. O total de óbitos por vírus respiratórios também segue a mesma tendência: 92,22% foram em decorrência de covid-19.

Os dados referentes à semana de 29 de maio a 4 de junho indicam 7.700 casos de SRAG no país (6,9 – 8,6). Para as ocorrências de SRAG na população em geral, a estimativa mostra crescimento de 39,5% na média móvel de casos semanais na comparação entre a primeira e última semana de maio. Na população adulta, a partir de 18 anos, a estimativa é de que esse crescimento tenha sido de 88,7%.

"Os dados laboratoriais apontam que, no grupo de zero a 4 anos, os casos seguem fundamentalmente associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), embora também se observe presença relevante de SARS-CoV-2 (covid-19), rinovírus e metapneumovírus. Nas demais faixas etárias, predomina as ocorrências de SARS-CoV-2", informou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Em São Paulo, o número de novas internações por covid-19 no estado aumentou 60% nas últimas duas semanas, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. No final de maio, o comitê de saúde do governo de SP voltou a recomendar uso de máscara em locais fechados.

Reforço vacinal e máscaras

"É fundamental que a população retome medidas simples e eficazes como o uso de máscaras, especialmente no transporte público, seja ele coletivo ou individual – tais como ônibus, trem, metrô, barcas, táxis e aplicativos. E quem ainda não tomou a dose de reforço da vacina da covid, é preciso tomar. A vacinação é simplesmente fundamental", alertou ainda o coordenador do InfoGripe.

Positividade de testes na rede privada aumenta

A taxa de positividade dos testes feitos em farmácias e drogarias aumentou, apontando a presença do coronavírus em 27,54% dos exames realizados período de 30 de maio a 5 de junho. É o maior índice de positividade em 16 semanas, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). Em maio, essa taxa foi de 24,78.

“Em uma semana, tivemos quase 40% do total de casos registrados em maio, o que impõe a necessidade de mais medidas de proteção e mais velocidade na aplicação das vacinas de reforço”, disse Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

Avanço das sublinhagens BA.4 e BA.5

A presença das subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron subiu de 10,4% para 44% das amostras positivas para SARS-CoV-2 no período de um mês (7 a maio a 4 de junho). O avanço está por trás do aumento de casos de covid-19 e de internações observado atualmente, afirmam pesquisadores do Instituto Todos pela Saúde (ITpS). De 1º de março a 4 de junho, o ITpS analisou 123.829 testes de RT-PCR feitos pelos laboratórios privados Dasa e DB Molecular, 90% no Sudeste e Centro-Oeste. A taxa de positividade atual para SARS-CoV-2 é de 38,9%. A expectativa é de que nesta semana ocorra o pico de transmissão de BA.4 e BA.5 enquanto a BA.2 segue em declínio. Ao longo de junho e julho deve ocorrer queda de positividade dos testes e, consequentemente, de casos. O impacto da BA.4 e da BA.5 na saúde pública tende a ser inferior ao visto na onda de BA.1. Dos estados com mais amostras coletadas, todos apresentam percentual de positividade acima de 30%, exceto Goiás. São Paulo lidera com 38% dos testes positivos, seguido por Mato Grosso e Distrito Federal, com 36%, Minas Gerais, com 35%, e Rio de Janeiro, com 34%. Em relação à positividade de acordo com a faixa etária, o percentual é superior a 40% em todos os grupos a partir de 30 anos. Nas duas últimas semanas houve aumento na faixa etária de zero a 4 anos, de 10% para 14%, e estabilização da taxa nos grupos de 5 a 9 anos e de 10 a 19 anos. O crescimento foi expressivo entre os mais idosos, a partir de 80 anos, de 29% para 44%.  Leia mais em https://www.itps.org.br/.

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