Covid-19: Resumo da semana (5 a 11 de fevereiro)

Equipe Medscape Professional Network

11 de fevereiro de 2022

Neste artigo

Nota da editora: Veja as últimas notícias e orientações sobre a covid-19 em nosso   Centro de Informações sobre o novo coronavírus SARS-CoV-2  . 

Na noite de quinta-feira (10), o Brasil registrou 27.125.512 casos confirmados de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 e 636.111 óbitos por covid-19 desde o início da pandemia. Os números são do consórcio de veículos de imprensa com dados obtidos das secretarias estaduais de saúde. O consórcio é formado por Estadãog1O GloboExtraFolha e UOL.

Em 24 horas, o país teve 165.359 novos casos conhecidos. A média móvel nos últimos sete dias foi de 146.540. Em comparação à média de 14 dias, a variação foi de -20%, indicando tendência de queda nos casos pela primeira vez após mais de 40 dias.

Porém, o número de óbitos diários se mantém em alta. Na quinta-feira (10), foram registradas 922 mortes, com média móvel nos últimos 7 dias de 874, o que apresenta uma variação de +85% em relação aos 14 dias anteriores.  Os analistas do consórcio apontam que a médica móvel de vítimas da doença alcançou um patamar quatro vezes maior do estava no momento do ataque cibernético (ainda sem explicações sobre a autoria) que gerou problemas nos registros do Ministério da Saúde desde dezembro. 

Fiocruz alerta para nível crítico de ocupação de leitos de UTI

Em  Nota Técnica divulgada na quinta-feira (10) , os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz analisam as taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos no SUS relativas a 7 de fevereiro em comparação aos dados divulgados na última semana.

A análise indica que 8 unidades federativas encontram-se em uma zona de alerta crítico: Tocantins (81%), Piauí (87%), Rio Grande do Norte (89%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (87%), Mato Grosso do Sul (92%), Mato Grosso (81%), Goiás (80%) e o Distrito Federal (99%).

Onze estados estão na zona de alerta intermediário: Rondônia (69%), Acre (67%), Pará (79%), Amapá (63%), Ceará (73%), Alagoas (69%), Sergipe (75%), Bahia (73%), São Paulo (71%), Paraná (73%) e Santa Catarina (74%). Sete estados estão fora da zona de alerta: Amazonas (58%), Roraima (56%), Maranhão (51%), Paraíba (52%), Minas Gerais (42%), Rio de Janeiro (59%) e Rio Grande do Sul (57%).  

As capitais que estão em zona de alerta crítico são Porto Velho (91%), Rio Branco (80%), Palmas (81%), Teresina (taxa não divulgada, mas estimada superior a 83%), Fortaleza (85%), Natal (percentual estimado de 81%), João Pessoa (81%), Maceió (82%), Belo Horizonte (82%), Vitória (89%), Rio de Janeiro (86%), Campo Grande (99%, Cuiabá (81%), Goiânia (91%) e Brasília (99%).
A persistência de taxas de ocupação de leitos de UTI em níveis críticos nos estados e capitais do Nordeste e Centro-Oeste e no Espírito Santo chama a atenção. Especula-se que existe uma associação do quadro à movimentação induzida pelo turismo durante o verão, no Nordeste. Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo parecem seguir a tendência de queda do indicador.

Influenza em queda, covid-19 em alta

Segundo balanço recente do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) em parceria com laboratórios da rede privada, houve uma explosão de casos de influenza A após o Natal, quando as taxas de testes positivos chegaram a 52%. Dados analisados entre 12 de dezembro e 5 de janeiro apontam que, na primeira semana de janeiro, o percentual de casos de influenza estava em 2%. Noventa e quatro por cento dos 276.636 testes moleculares analisados entre 12 de dezembro e 5 de fevereiro foram colhidos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Em todo o período analisado, o vírus SARS-CoV-2 foi detectado em 71,3% das amostras positivas, influenza A (H3N2 ou H1N1), em 27,2% e o vírus sincicial respiratório (VSR), em 1,5%. No balanço com dados da última semana, o novo coronavírus foi responsável por 96% dos casos de infecção respiratória.

No final de janeiro, a variante Ômicron do SARS-CoV-2 representava 95,9% do sequenciamento realizado entre 14 e 27 de janeiro pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados foram divulgados pela Rede Genômica da Fiocruz. Até sábado (5), o país tinha confirmado cinco casos da linhagem BA.2 da variante Ômicron. 

Presidente da República denunciado ao Tribunal de Haia

O relatório aprovado pela CPI da Covid-19, em outubro, foi recebido e está sendo analisado pelo Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda. O documento responsabiliza o presidente da República por nove delitos durante a gestão da pandemia, como charlatanismo, incitação ao crime e crimes contra a humanidade.

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