Teste Rápido: Embolia pulmonar

Dr. Reinaldo Hamamoto

Notificação

9 de junho de 2022

As diretrizes de conduta na tromboembolia venosa de 2020 da American Society of Hematology (ASH) sugerem tratamento domiciliar ou hospitalar para pacientes com embolia pulmonar de baixo risco.

O tratamento domiciliar é a alternativa de escolha na maioria dos casos em que há suporte social adequado e sistemas de saúde responsivos. Na América Latina, os medicamentos continuam sendo o maior gasto “do bolso” dos pacientes devido à dificuldade de acesso ao cuidado. Outras barreiras ao atendimento ambulatorial incluem escassez de médicos e suporte hospitalar inadequado para pacientes em tratamento domiciliar. A hospitalização pode ser a melhor alternativa para pacientes com barreiras significativas ao tratamento em casa. [4]

Pacientes com embolia pulmonar são candidatos a tratamento domiciliar quando os três seguintes critérios forem preenchidos: [2,15]

  1. Há baixo risco de morte iminente ou complicações graves associados à embolia pulmonar;

  2. ausência de comorbidade grave ou condição agravante que exija hospitalização; e

  3. o paciente pode arcar com os cuidados domiciliares adequados e a terapia anticoagulante.

Além disso, os médicos podem usar o PESI ou o sPESI, bem como os critérios de Hestia para guiar a decisão terapêutica.

Abaixo, os critérios de exclusão para tratamento domiciliar no estudo Hestia: [2]

  • O paciente está hemodinamicamente instável?

  • É necessário realizar trombólise ou embolectomia?

  • Há sangramento ativo ou alto risco de sangramento?

  • Há necessidade de mais de 24 horas de oxigênio para manter a saturação > 90%?

  • O paciente estava em uso de anticoagulantes quando recebeu o diagnóstico de embolia pulmonar?

  • Há dor intensa com necessidade de medicação endovenosa por mais de 24 horas?

  • Há razão médica ou social para a permanência hospitalar > 24 horas (infecção, câncer ou ausência de suporte social)?

  • O paciente apresenta clearance de creatina < 30 mL/min?

  • O paciente apresenta insuficiência hepática grave?

  • A paciente está grávida?

  • O paciente tem histórico documentado de trombocitopenia induzida por heparina?

Se a resposta a uma ou mais perguntas for “sim”, o participante do estudo Hestia não pôde receber tratamento domiciliar. [2,15]

Leia mais sobre tromboembolia venosa.

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