Abordagem terapêutica da obesidade

Dr. Alberto R. Serfaty

Notificação

28 de novembro de 2022

Elucidando a obesidade

A obesidade é uma doença crônica tratável, multifatorial (genética, ambiental, étnica e hormonal), com importantes consequências precoces e tardias. [1] Atualmente, a obesidade é a maior epidemia no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam cerca de 2,3 bilhões de pessoas obesas ou com sobrepeso, entre elas cerca de 1 bilhão de crianças, adolescentes e adultos obesos. [2] A obesidade está associada a 80% das causas de morte. Ninguém é obeso porque quer ou por desafio à sociedade. Existem muitos mitos sobre a obesidade. [3] Um conceito que é importante esclarecer é o que se chama de obesidade metabolicamente saudável, ou seja, obesidade com padrão ginoide que traz um risco cardiovascular menor em comparação com a obesidade abdominal ou adipocitopatia. [4,5] O conceito de metabolicamente saudável não é adequado, pois cerca de 40% desses indivíduos vão evoluir com doença cardiovascular em seis anos. [6] A importância da resistência à insulina e da hiperinsulinemia como causas de doença cardiovascular, do aumento da fome e da formação de adipócitos no paciente obeso não deve ser ignorada. Assim como os fumantes são dependentes da nicotina, o indivíduo obeso também é dependente da insulina, e é afetado pela baixa dos hormônios saciatórios e pelo aumento dos hormônios da fome. Além disso, esses indivíduos sofrem com o efeito mecânico da obesidade, como sobrecarga das articulações, artralgia, insuficiência venosa, esofagite de refluxo e apneia do sono por retração do diafragma. [3,7–9]

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